terça-feira, 8 de novembro de 2011

Ex-prefeito Edvaldo Caldas: Parabéns Piancó

Quero agradecer a todos os piancoenses pela a atenção que sempre me teve e me fez prefeito desta terra por três mandatos, confiando a mim os destinos de todos que aqui moram, trabalham, estudam, e criam seus filhos.

Piancó merece muito mais do que uma simples mensagem de agradecimento pela passagem dos seus 263 anos. Piancó merece ser reconhecido pela luta do seu povo, pela decisão firme de sua gente e pela força de todos os seus filhos que hoje são referências nas áreas do direito, da medicina, da educação, da política, enfim, Piancó merece muito mais do que uma simples homenagem: merece ser respeitado e ter o seu lugar de destaque como cidade pólo do Vale do Piancó.

Parabéns Piancó! Parabéns ao Povo de Piancó!

Dr. Edvaldo Leite de Caldas e Família

Fonte: BlogdePiancó

Piancó: 263 anos de História Política


Nos últimos decênios do século XVII, a região do rio Piancó foi desbravada por bandeirantes
paulistas e baianos, vindos do São Francisco e, também, do Piauí, e que dividiram as terras entre si. Os indígenas da região - Cariris - se uniram e resistiram, estendendo-se a luta pelas duas primeiras décadas do século XVIII, até a submissão total dos silvícolas, dos quais restaram muitas aldeias de onde surgiram vilas e cidades.

Documentos registram 9 aldeias cariris, entre elas a de Nossa Senhora do Rosário do Curoma
(atual sede do Município de Coremas, desmembrado de Piancó) e a de São José do Panati, que deu origem a Piancó. Foi o capitão-mor Manoel de Araújo Carvalho quem primeiro criou fazendas de gado e construiu casas no vale do rio, depois de ajustada a paz com os Coremas, a 8 de novembro de 1748.

Por esta razão, a ele se atribui a fundação de Piancó.

Gentílico: piancoense

Formação Administrativa

Elevado à categoria de vila com a denominação de vila constitucional de Santo Antônio do
Piancó, pelo decreto de 11-12-1831. Constituído do distrito sede. Instalado em 02-05-1832.
Pela lei municipal nº 17, de 07-01-1896, são criados os seguintes distritos: Água Branca, Jucá,
São Francisco do Aguiar, Curema, Santana dos Garrotes, Boqueirão dos Couxos e Ôlho d`Água e
anexado ao município de Santo Antônio do Piancó.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, a vila com a denominação de Piancó é
construída de 8 distritos: Piancó, Água Branca, Boqueirão dos Couxos, Jucá, São Francisco do Aguiar, Curema, Santana dos Garrotes e Ôlho d`Água.

Elevado a condição de cidade e sede municipal com a denominação de Piancó, pelo decreto
estadual nº 443, de 21-11-1933.

Em divisão administrativa referente ano de 1933, o município aparece constituído do distrito
sede.

Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município aparece construída
de 6 distritos: Piancó, Curema, Jucá, Ôlho d`Água, Santana dos Garrotes e São Francisco do Aguiar.

Pelo decreto-lei estadual nº 1010, de 30-03-1938, o distrito de Curema passou a denominar-se
Boqueirão de Curema.

Pelo decreto-lei estadual nº 1164, de 15-11-1938, o distrito de Boqueirão do Curema volta a
denominar-se simplesmente Curema, Jucá passou a denominar-se Caatingueira, Francisco do Aguiar a denominar-se simplesmente Aguiar e Santana dos Garrotes a denominar-se Garrotes.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído 6 distritos:
Piancó, Caatingueira ex-Jucá, Curema ex-Boqueirão de Curema, Ôlho d`Água, Sant`Ana e Aguiar ex-Francisco Aguiar.

Pelo decreto-lei estadual nº 520, de 31-12-1943, são criados os distritos de Andreza, Boqueirão
dos Cochos e Itajubatiba e anexado ao município de Piancó.

No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído 9 distritos:
Piancó, Aguiar ex-São Francisco do Aguiar, Boqueirão dos Cochos, Caatingueira, Curema, Garrotes ex-Santana dos Garrotes, Andreza, Itajubatiba, Ibura ex-Ôlho d`Água.

Pela lei estadual nº 168, de 05-12-1948, o distrito de Andreza passou a denominar-se Nova
Olinda.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído 9 distritos: Piancó,
Aguiar, Boqueirão dos Cochos, Caatingueira, Curema, Garrote, Itajubatiba, Nova Olinda ex-Andreza e Ôlho d`Água ex-Ibura.

Pela lei estadual nº 1005, de 30-12-1953, desmembra do município de Piancó o distrito de
Curema. Elevado à categoria de município com a denominação de Coremas.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município é constituído 8 distritos: Piancó,
Aguiar, Boqueirão dos Cochos, Caatingueira, Garrotes, Itajubatiba, Nova Olinda e Ôlho d`Água.
Pela lei estadual nº 2114, de 15-07-1959, desmembra do município de Piancó o distrito de
Caatingueira. Elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído 6 distritos: Piancó,
Aguiar, Boqueirão dos Cochos, Garrotes, Nova Olinda e Ôlho d`Água.

Pela lei estadual nº 2669, de 20-12-1961, desmembra do município de Piancó o distrito de
Aguiar. Elevado à categoria de município.

Pela lei estadual nº 2681, de 22-12-1961, desmembra do município de Piancó o distrito de
Boqueirão do Cochos. Elevado à categoria de município.

Pela lei estadual nº 2668, de 22-12-1961, desmembra do município de Piancó o distrito de Nova
Olinda. Elevado à categoria de município.

Pela lei estadual nº 2670, de 22-12-1961, desmembra do município de Piancó o distrito de Ôlho
d`Água. Elevado à categoria de município.

Pela lei estadual nº 2672, de 22-12-1961, desmembra do município de Piancó o distrito de
Garrotes. Elevado à categoria de município com a denominação de Santana dos Garrotes.

Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distito sede.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Alteração toponímica municipal

Vila constitucional de Santo Antônio do Piancó para simplesmente Piancó alterado, pelo decreto
estadual nº 443, de 21-11-1933.

Pesquisa: Antonio Cabral-Historiador (FIP)

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Parabéns ao Dr. Edvaldo Leite de Caldas: FELIZ ANIVERSÁRIO!


O ex-prefeito Edvaldo Leite de Caldas (foto) está aniversariando hoje e todo Piancó o abraça nesta data memorável, por ele ser uma pessoa querida em toda a região, independentemente de conceitos políticos. Os nossos Parabés a este tribuno piancoense!

Um Pouco da História de Edvaldo Leite de Caldas:

Aos 64 anos, o ex-prefeito de Piancó, Dr. Edvaldo Leite de Caldas (prefeito por três vezes), dentre os cargos que ocupou no estado, destaca o de: Diretor Geral de Administração, Diretor Superintendente do DETRAN, Procurador Chefe do Núcleo Regional da Procuradoria do Estado, Procurador do Estado (com o qual se aposentou), e outros.

Edvaldo Leite de Caldas, revivendo suas memórias políticas, enumera uma grande lista dos seus feitos ora como administrador público municipal e declara sua transparência administrativa, vez que, todas as contas municipais durante as suas três gestões, foram aprovadas pelo TC-PB (Tribunal de Contas do estado).
“fui o primeiro prefeito no sertão da Paraíba a implantar o salário mínimo; mesmo que esta ação tenha me custado à popularidade política na época, mas era uma determinação política legitima, e com isso tive que fazer várias adequações no quadro administrativo entre elas algumas demissões de funcionários que residia em outros estados e outros funcionários contratados de forma ilegal. Foi necessário fazer o enxugamento da folha de pagamento para assim poder pagar o salário mínimo; funcionários que tinha seus vencimentos em R$ 4.00, R$ 17.00, R$ 22.00 (valor da época) passaram a ganhar o mínimo”.

Lembra o ex-prefeito com ar de desolação, dos últimos anos do seu último mandato, quando da grande crise na política financeira do país, deixou de pagar os salários dos servidores municipais, crise que afetou todas as prefeituras do país, principalmente as do estado da Paraíba.

Lembra também com muito gosto das obras realizadas no município durante suas gestões; entre elas estão: 60 poços artesianos completo na zona rural, dez mil metros de calçamento, junto com a FENASA 200 famílias foram beneficiadas com banheiros; eletricidade rural, Biblioteca municipal, reforma do mercado público, matadouro, açougue, 50 salas de aula, construção da escola Luciano Freire e E.M. Maria de Lourdes Freitas, reformas ampliações de outras escolas, lavanderia, praças, estradas vicinais na zona rural, aquisição de terrenos para a construção da 7ª Região de Saúde, CREAS, Hotel Pedra Dourada, e muitas outras obras; “não fiz favor nenhum, apenas cumpri com o meu dever de administrador, e com uma grande diferença, no meu governo tudo funcionava, nada era de fachada como se pode ver na atual administração.

Ainda falando da administração municipal, o ex-prefeito faz um breve comentário, sobre a atual administração e diz: “como todo cidadão piancoense vejo os desmandos administrativos e o mau gerenciamento dos recursos municipais. È lamentável que em tempos tão favoráveis de programas e projetos federais voltados para a população esses beneficiamentos tomem outros rumos”.

Indagado sobre as próximas eleições municipais, disse não ser candidato; mas está na oposição junto aos seus e aponta nomes, que segundo ele tem grandes chances e competência para por Piancó no rumo certo do desenvolvimento, que é André Galdino e Antonio Dantas.

Finaliza traduzindo seu amor por Piancó, e que sua luta em prol do progresso da cidade continua, sendo prefeito ou não.


Fonte: BlogdePiancó

Prêmio Arte e Cultura Inclusiva 2011


MinC recebe até 30 de outubro inscrições no edital que pagará R$ 300 mil em prêmios

O Ministério da Cultura prorrogou para 30 de outubro as inscrições para o prêmio Arte e Cultura Inclusiva 2011 – Edição Albertina Brasil. O edital está aberto a iniciativas culturais desenvolvidas em todo o país que tenham propiciado a participação de artistas com deficiência na produção e difusão artística e cultural, assim como ações, projetos e produtos culturais que possibilitaram acesso e acessibilidade a pessoas com deficiência.

Podem participar grupos informais e instituições nas categorias Expressão Artística ou Acessibilidade. Serão premiadas, respectivamente, 20 e 10 iniciativas de destaque em cada categoria. Cada premiado receberá R$ 12,5 mil, totalizando mais de R$ 300 mil reais em prêmios. Esta é uma iniciativa do Ministério da Cultura e da Escola Brasil com patrocínio da Petrobras.

O edital em formato PDF, em formato Documento, portaria de refiticação, os anexos 1, 2 , 3 e 4 e a prorrogação em PDF estão disponíveis. Para ver e/ou ouvir o edital na íntegra, basta clicar no link para assistir a versão em áudio e libras.

Dúvidas e outras informações referentes ao edital Prêmio Arte e Cultura Inclusiva 2011 podem ser esclarecidas pelo e-mail premioalbertinabrasil@escolabrasil.org.br e pelo telefone (61) 3202-1721.

(Texto: Ana Cecília Paranaguá, SCC/MinC)

19ª Bienal de Música Brasileira Contemporânea


Funarte entregará cópias de mais de mil gravações de festivais e

bienais à cerca de 400 compositores

A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, entregou ao maestro Edino Krieger cópias de gravações de obras de Villa-Lobos. O ato aconteceu durante concerto da 19ª Bienal de Música Brasileira Contemporânea, da Fundação Nacional de Artes, realizado dia 12 de outubro, na Sala Funarte Sidney Miller (RJ) e, simbolicamente, deu o pontapé inicial a projeto da Funarte que contemplará mais de 400 compositores com cópias de mais de 1.200 gravações de obras suas. As gravações foram feitas durante os Festivais de Música da Guanabara, de 1969 e de 1970, nas 19 Bienais de Música, realizadas a partir de 1975, e em outros eventos. O material faz parte do acervo do Centro de Documentação (Cedoc) da Funarte e foi reproduzido em CD a partir dos originais, em fitarrolo e em outras mídias analógicas. A maioria das gravações nunca foi ouvida pelos compositores.

Durante a cerimônia, a ministra Ana manifestou sua satisfação em voltar à Funarte, onde já foi diretora do Centro da Música (Cemus), e salientou a importância do trabalho de documentação musical que a Fundação desenvolve. Ana de Hollanda exaltou, também, a trajetória de Edino Krieger como compositor e incentivador da vida musical no Brasil. Em sua fala, Edino Krieger, lembrou o trabalho que realizou na Funarte, onde também foi diretor do Cemus e um dos criadores das Bienais. O compositor acentuou a importância da preservação da memória musical brasileira e a relevância da atuação da Funarte nessa área. O maestro expressou, ainda, sua satisfação, pela continuidade deste trabalho no Centro da Música da Casa.

A Bienal de Música Brasileira Contemporânea acontece até o próximo dia 19 de outubro, período em que serão apresentados 11 concertos, com trabalhos recebidos de sete estados brasileiros e também do exterior. O objetivo do evento é a troca de experiências entre músicos de todo o país. Um destaque desta edição é a execução de 74 obras inéditas, das quais 59 foram selecionadas no concurso Funarte de Composição 2010 – com prêmios entre R$ 8 mil e R$ 30 mil – e mais 15 peças também encomendadas pela Funarte, destacando-se autores como Jorge Antunes, Tim Rescala, Guilherme Bauer e Edino Krieger.

A Bienal 2011 homenageia o compositor e pianista Almeida Prado (1943-2010), um dos talentos surgidos nas primeiras bienais. Além do Teatro João Caetano, também receberão a programação a Sala Funarte Sidney Miller e o Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O evento na Sala Funarte Sidney Miller contou ainda com a presença da diretora-Executiva da Funarte Myrian Lewin, que representou o presidente da Instituição, Antonio Grassi.

(Texto: Ascom/Funarte/MinC)

O MAR



Véu de tanta água pura que banha com loucura os peixes e os demais animais que ali habitam... Que descansa entre as praias, as costas, as enseadas e os penhascos, verdadeiros donos das fontes que soletram notas de belíssimas canções...
Barcos, velas, caravelas e outras embarcações passeiam em ritmo contínuo em busca de emoções, ou de um destino - menino, sob o olhar sereno de um doce desejo acariciado por momentos de ternuras emolduradas pelos sons de uma sinfonia vinda de centenas de pequenas gaivotas...
Não há coisas tão maravilhosas quanto essas... É todo momento de magia... Até o crepúsculo lhe faz companhia... Não há preço ou quaisquer endereços de reclames que o incomode, que tire sua força bruta, suave, linda e tão infinita, sob duras críticas ou quaisquer alegações de infortúnios que por ventura por ali aconteceram...
Não há qualquer perigo de se molhar de medo... Há de se ter cuidado para nunca mais querer deixar de voltar para aquele eterno sossego... Há um apelo de gratidão que aqui insisto em fazê-lo...
É o amigo fiel de todos os tempos... É verdadeiro por inteiro... Intocável e afável que recolhe e acolhe em seus braços as sereias e as águas vindas dos açudes, riachos e rios; que recebe as mágoas e abrolhos dos amores destruídos e as alegrias daqueles construídos; que enaltece as crenças a ele oferecidas; que entristece quando os detritos e outros males, nele, são lançados pelas ações inconseqüentes dos homens que sujam suas lindas águas, destruindo a sua beleza natural e o seu curso normal não o deixando chegar mansamente ao nosso encontro.


João Pessoa, 12 de janeiro de 2010 – 17h50min.

José Ventura Filho

domingo, 9 de outubro de 2011

Cultura: LIÇÃO VERDADEIRA

Grupo Escolar Ademar Leite-Piancó
Certo dia, lá no meu passado, em um grupo escolar da minha cidade, ainda na tenra idade, fui professor por um dia, quando minha mãe, verdadeira dona desse ofício, incumbiu-me em exercitar essa missão tão nobre, merecedora de todos os reconhecimentos, hoje tão distantes e relegados por aqueles que não sabem o que é um giz, um livro, um caderno, uma carteira e uma criança com fome, querendo apenas ser feliz em busca desesperada do seu futuro promissor. Lição que até hoje não a esqueci e nunca a esquecerei em qualquer lugar que for...

De lá para cá, projetos e mais projetos são engavetados pelas artimanhas burocráticas dos nossos representantes no Congresso Nacional, acompanhados em outros estados e municípios pelos ecos daqueles verdadeiros “professores” dos desvios de verbas, das contratações irregulares, das licitações direcionadas e de outras ações inadequadas ao condão dos ensinamentos éticos... Vozes miúdas insurgem por lá, mas são grãos pequeninos, que lutam contra o monstro maior da insensibilidade e do compromisso para com os seus irmãos...

Além das condições climáticas desfavoráveis e da sua posição geográfica, financeira e política, longínquas cidades, nos quatro cantos do nosso imenso país, são desassistidas pelos parcos recursos, além das ações inertes daqueles detentores de poder que visam tão somente o interesse próprio, prejudicando a funcionalidade das escolas e a construção de um dever a ser cumprido, qual seja: a realização de uma remuneração digna; de uma qualificação profissional profícua e um ensinamento adequado ao seu corpo docente, exemplos esses que, com certeza, serão parte de um livro, onde o foco maior da leitura será voltado para liberdade das amarras do analfabetismo e da opressão.

Enquanto isso, o nosso autêntico, fiel e genuíno professor, calejado das injustiças, mas vestido de respeito, confiança e perseverança, resiste aos “trancos e barrancos” essas dificuldades, com luta, zelo e o coração na mão, ofertando toda sua compreensão, sua dedicação e o seu conhecimento àqueles que hoje, aqui do outro lado, não escondem a emoção, e por eles digo: professor, muito obrigado!

João Pessoa, 13 de setembro de 2011

José Ventura Filho
Poeta/cronista

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Orquestra Sinfônica da Paraíba Coro de Câmara Villa Lobos apresentam Réquiem de Mozart

A Orquestra Sinfônica da Paraíba e o Coro de Câmara Villa-Lobos apresentam no projeto Quintas Musicais dia 22 de setembro de 2011 às 21h uma das mais importantes obras do repertório erudito e sacro mundial, o RÉQUIEM DE MOZART com Entrada Franca no Cine Bangüê do Espaço Cultural José Lins do Rêgo / FUNESC – João Pessoa / PB.

O concerto será regido pelo maestro convidado Carlos Anísio, atual maestro da Orquestra de Câmara de João Pessoa. Além do brilhante e já reconhecido Coro de Câmara Villa-Lobos haverá a participação das novas vozes dos jovens solistas a soprano Izadora França e o contratenor Kleiton D’Araújo, paraibanos que vem conquistando o espaço e reconhecimento na música erudita nacional ao vencer importantes concursos de canto e participarem de diversos Festivais Internacionais de Música no Brasil, como também a participação do reconhecido Tenor e Professor de canto e regência da UFCG Vladimir Silva e do Baixo Pedro Paulo Queiroz solista e integrante do Coro de Câmara Villa-Lobos.

Além dos cantores haverá o solo do trombonista da OSPB e professor da UFPB Sandoval Moreno e a participação especial do ator Luiz Carlos Vasconcelos narrando à tradução em português do texto em latim que compõe o Réquiem.

O Réquiem em Ré menor (K. 626) é uma missa fúnebre do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart, composta em 1791, sua última composição e talvez uma de suas melhores e mais famosas obras, não apenas pela música em si, mas também pelos debates em torno de até qual parte da obra foi preparada por Mozart antes de sua morte. Teria sido posteriormente finalizada por seu amigo e discípulo Franz Xaver Süßmayr.

Levantamentos históricos salientam que em Março de 1791, Mozart rege em Viena um de seus últimos concertos públicos; tocando o Concerto para piano n.º 27 (KV 595). Seu último filho, nasceu em 26 de Julho. Poucos dias antes, bateu à sua porta um desconhecido, que se recusou a identificar-se e deixou Mozart encarregado da composição de um Réquiem em Ré menor. Deu-lhe um adiantamento e avisou que retornaria em um mês. Mas pouco tempo depois, o compositor é chamado de Praga para escrever a ópera A clemência de Tito, para festejar a coroação de Leopoldo II.

Quando subia com sua esposa Konstanze na carruagem que os levaria a esta cidade, o desconhecido teria se apresentado outra vez, perguntado por sua encomenda.

Posteriormente se supôs que aquele sombrio personagem era um enviado do conde Walsegg-Stuppach, cuja esposa havia falecido. O viúvo desejava que Mozart compusesse a missa de réquiem para os ritos fúnebres no enterro de sua esposa, mas faria crer - como diz-se que já fizera antes - aos presentes que fora ele quem compôs a obra (por isso o anonimato).

Diz-se que Mozart, obsessivo com idéias de morte desde o falecimento de seu pai, Leopold, debilitado pela fadiga e pela enfermidade que lhe atingia, muito sensível ao sobrenatural devido às suas vinculações com a franco-maçonaria e impressionado pelo aspecto misterioso do homem que encomendou a missa, terminou por acreditar que este era um mensageiro do Destino e que o réquiem que iria compor seria para seu próprio funeral.

Mozart, ao morrer, conseguiu terminar apenas três seções com o coro e composição completa: Introito, Kyrie e Dies Irae. Do resto da seqüência deixou os trechos instrumentais, o coro, vozes solistas e o cifrado do contrabaixo e órgão incompletos, deixando anotações para seu discípulo Franz Xaver Süssmayer. Também havia indicações para o Domine Jesu e Agnus Dei. Não havia deixado nada escrito para o Sanctus nem para o Communio. Seu discípulo Süssmayer completou as partes em falta da composição, agregou música onde faltava e compôs completamente o Sanctus. Para o Communio, simplesmente utilizou dos temas do Introito e do Kyrie, à maneira de uma re-exposição, para dar sentido integral à obra.

Uma das principais influências para a obra é o réquiem de Michael Haydn.

A obra teve sua estréia em Viena, 2 de Janeiro de 1793, em um concerto em benefício da viúva de Mozart, Konstanze Weber. Foi interpretado novamente em 14 de Dezembro de 1793, durante uma missa para a esposa da Walsegg.



segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Ministério Público de Pernambuco homenageia Paulo Cavalcanti e Agassiz Almeida

Com definida e enérgica posição em defesa dos Direitos Humanos, o Ministériode Pernambuco, através do seu Procurador-Geral de Justiça, Aguinaldo Fenelon de Barros, e toda uma equipe de procuradores e promotores conjugada a várias entidades defensoras da cidadania, reinaugurou, no dia 23 do corrente mês, o hall de entrada do Edifício Promotor de Justiça Paulo Cavalcanti, situado na av. Visconde de Suassuna, n. 99, Boa Vista, Recife.

Com a realização desse evento, visou o Ministério Público de Pernambuco definir o seu compromisso em defesa dos direitos humanos, conforme acentuou o Procurador-Geral Aguinaldo Fenelon, ao assumir a luta em defesa da aprovação pelo Congresso Nacional da Comissão Nacional da Verdade, cujo objetivo central é a abertura dos arquivos da Ditadura Militar de 64, e, desta forma, possibilitar ao povo brasileiro conhecer este trágico período da nossa história.

Aqui, acentuou o Procurador Fenelon, há quase meio século, funcionava a guarnição militar da 2ª Cia de Guardas, um dos centros de repressão da ditadura, e hoje se ergue este templo da liberdade dos direitos humanos.


Para que esse histórico evento marcasse a sua relevância, duas personalidades do Ministério Público, Paulo Cavalcanti, in memoriam, representado por sua filha, Magnólia Cavalcanti, e Agassiz Almeida, Promotor de Justiça e ex-deputado constituinte, foram convidados e homenageados.

Agradecendo a homenagem a seu pai, a Procuradora de Justiça, Magnólia Cavalcanti, ressaltou a importância desse ato como exemplo às futuras gerações, e que seu pai sempre procurou se identificar com os anseios da sociedade, como deputado e Promotor de Justiça. Lembrou Magnólia: Homens da envergadura de um Paulo Cavalcanti e de um Agassiz Almeida sempre deram ao Ministério Público uma visão social e humanística, muito além de um mero instrumento acusatório.

Com a palavra Agassiz Almeida:

Inicialmente, agradeço o convite que me endereçou o honrado Procurador-Geral de Justiça, Aguinaldo Fenelon, tocado de sensíveis palavras à minha história de resistência à Ditadura Militar. Nesta oportunidade, transmito a minha sensibilidade ao Ministério Público de minha terra, na pessoa do seu Procurador-Geral de Justiça, Oswaldo Trigueiro do Valle Filho, cuja retidão à frente da gestão ministerial engrandece esta instituição, projetando-a num plano de modernidade e respeito à coisa pública.

Ressaltou Agassiz Almeida:

Cabe ao Ministério Público, entre as suas relevantes funções, a de salvaguardar os direitos do cidadão preservando a verdadeira história da nação. Para tanto, urge que os torturadores e genocidas da ditadura militar sejam arrastados às barras da justiça e condenados.

Na construção e fortalecimento do Ministério Público, durante os trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte, 1986/1988, eu e vários constituintes comprometidos com uma sociedade democrática e justa, conseguimos possibilitar ampla independência a esta instituição. Fizemos do Ministério Público uma atalaia dos interesses públicos da nação, em todas as áreas, desde o combate às torturas perpretadas nos porões da ditadura ao lamaçal pululante existente nos poderes, órgãos e empresas. Antes de 1988, data da promulgação da vigente Constituição Federal, o Ministério Público exercia um mero papel acusatório. Hoje, não! Somos uma instituição livre que pulsa com os anseios do país, a alcançar tanto um juiz venal como um coronel torturador. Relato este fato, para que esta nossa instituição, o Ministério Público, corrija os seus próprios rumos.

Assisti e o Brasil todo acompanhou o Procurador-Geral da República Gurgel defender a caricata Lei da Anistia de 1979, norma emanada de um pacto vergonhoso com um Congresso emasculado, pobre ventrículo de uma casta de militares comprometida com o passado oprobioso.

Que lei excrescente!

É vergonhosa esta impunidade concedida aos torturadores e genocidas, enquanto em vários países os criminosos de lesa-humanidade são condenados a elevadas penas.

Aqui, no Brasil, o que presenciamos? O desfile da impunidade satisfeita e até arrogante, no cinismo a agredir as consciências livres.

Quedamos envergonhados a assistir um silêncio melancólico de uma parcela da sociedade brasileira que não sabe e nem quer olhar a nossa história.

O Brasil é condenado na ONU e OEA por sua conivência com os criminosos da Ditadura Militar, e qual a nossa reação? Uma postura de saltimbancos nos fóruns do mundo: os crimes de lesa-humanidade foram prescritos e a anistia alcançou a todos. Esta é a encarnação perfeita da dignidade vencida, num egoísmo de constante indigestão mental. Ignoram que o homem tem uma história e não é um ruminante de prazeres.

Desde a juventude, caros colegas do Ministério Público, eu carreguei a inquietude da verdade e jamais compactuei com o hipócrita jogo de um elitismo deslavado.

Por Gizeuda Almeida, especial para o Blog de Piancó

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Instalado em Recife o “Comitê da Memória, Verdade e Justiça”, com a presença de vultos históricos da luta contra a Ditadura Militar.


"Onde se escondem os criminosos
do Regime Militar?".


Anexina Julião, Elizabeth Teixeira, Jurandir Bezerra e Agassiz Almeida
Com a presença e representação de vultos históricos da resistência à Ditadura de 64, como Gregório Bezerra (por seu filho Jurandir Bezerra), Francisco Julião (por sua filha Anexina Julião), Elizabeth Teixeira, Abelardo da Hora, ex-deputados Agassiz Almeida e Clodomir Morais, instalou-se, há poucos dias, na av. Visconde de Suassuna 99, Boa Vista, Recife, com mobilização de várias entidades defensoras dos direitos humanos e o apoio do Ministério Público de Pernambuco, o Comitê pela Memória, Verdade e Justiça, visando articular respaldo dos amplos segmentos da sociedade para a aprovação do projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional, cujo objetivo é a abertura dos arquivos da repressão militar de 1964/1985.

Obedecendo a uma ampla programação, coordenada pelo vereador Marcelo Santa Cruz e Edival Cajá, com destaque para exibição do filme Os Trinta anos da Anistia e execução do hino das Ligas Camponesas e, afinal, o momento mais alto dos trabalhos: depoimentos de personalidades da contemporânea história de resistência ao regime militar de 64, entre as quais, Elzita Santa Cruz, em nome dos mortos desaparecidos, Alexina Julião, Agassiz Almeida, Elizabeth Teixeira, Clodomir Morais, Abelardo da Hora e Jurandir Bezerra.

Esta mobilização em nível nacional para a criação de Comitês da Memória, Verdade e Justiça em vários estados do país contou, em Pernambuco, com o apoio decisivo do Ministério Público, por seu Procurador-Geral de Justiça, Aguinaldo Fenelon de Barros, com formação desde as suas lides acadêmicas em defesa das liberdades democráticas. A criação desses comitês visa despertar a sociedade brasileira para o projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional, que cria a Comissão Nacional da Verdade, a qual tem por finalidade a abertura dos arquivos secretos da repressão militar.

Com o auditório do Ministério Público completamente lotado, vários testemunhos foram ouvidos, destacadamente, com profunda emoção, o de Alexina Julião, que relatou o longo padecimento de seu pai pelos calabouços do regime militar e o seu exílio em vários países.

Outro depoimento pranteado com intenso sentimento de dor foi o de Elizabeth Teixeira, causando na plateia intensa emoção. Depondo, Agassiz Almeida relatou o seu desterro logo nos primeiros dias de abril de 1964 à ilha de Fernando de Noronha, onde se encontravam Miguel Arraes e Seixas Dória. Com grande impacto de indignação, Agassiz externou a sua revolta em face da conivência do Brasil com os torturadores e genocidas da ditadura militar, cuja atitude violadora das convenções internacionais mereceu da ONU e da OEA veemente condenação.

Há 32 anos, acentuou Agassiz Almeida, um congresso emasculado fez publicar, em 1979, uma lei a que deram o nome de anistia.

O que se assistiu no curso desses anos, desde a promulgação dessa caricata lei de anistia? Um desfile da impunidade satisfeita e até agressiva.
Que democracia excrescente!

Na elaboração do meu livro A Ditadura dos generais, estive em vários países: Argentina, Chile e Uruguai. Assisti a torturadores e genocidas arrastados às barras da Justiça e condenados.

Aqui, no Brasil, formou-se, pior do que a impunidade, um nicho do cinismo em que os torturadores, acobertados por certo militarismo caolho e amparados em poderes comprometidos com o que existe de mais sórdido no recente passado da nossa história, agridem o próprio Estado Democrático de Direito.

Este Comitê da Memória, Verdade e Justiça tem a História como final.


Gizeuda Almeida, especial para o BlogdePiancó

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Filme “Cães e Homens”, uma nova visão da cinematografia brasileira.


Que tipos humanos a comandar uma
politicagem de quintal

Agassiz Almeida
Obedecendo a um ciclo de conferencias, organizado pela Câmara Municipal de Piancó, que reunida extraordinariamente neste último sábado, dia 23 de julho, convidou o escritor e ex-deputado constituinte Agassiz Almeida a abrir os debates e estudos sobre a atual conjuntura do país, e particularmente, abordar o filme “Cães e Homens”, com projeto de produção já aprovado pelo Ministério da Cultura, e cujo roteiro baseou-se no livro “A Ditadura dos generais”, obra considerada um clássico da literatura nacional.

Presidindo a sessão, o vereador José Bráulio Junior ressaltou a importância da presença do escritor Agassiz Almeida, naquela região, hoje um dos grandes ensaístas brasileiros, cuja obra vem despertando estudos e criticas dos mais diversos segmentos do país.

Saudando o conferencista, o Procurador de Justiça Paulo Barbosa destacou a importância da obra de Agassiz Almeida na literatura do país, e a sua marcante atuação na Assembléia Nacional Constituinte em 1986, através da qual conseguiu aprovar como textos constitucionais 67 emendas à atual Carta Magna do país.

Desde a sua juventude, acrescentou Paulo Barbosa, Agassiz Almeida é um irrequieto.

Fundou faculdades, cooperativas, ligas camponesas, e descobriu minérios. Atingido violentamente pelo Golpe Militar de 1964, recaindo contra ele prisão em Fernando de Noronha , cassação do mandato de deputado estadual e demissão das funções de Promotor de Justiça e professor da UFPB, mesmo assim Agassiz Almeida não se curvou à Ditadura Militar.

Estamos aqui, sublinhou Paulo Barbosa, para ouvir Agassiz Almeida falar sobre o filme “Cães e Homens,” baseado no livro A Ditadura dos generais, peça cinematográfica já aprovada pelo Ministério da Cultura e que irá, decerto, abrir uma nova visão para a cinematografia brasileira.

Usando da palavra, Agassiz Almeida visivelmente emocionado recordou a sua passagem por aquela região a cerca de meio século atrás, quandorecém-formado, ainda muito jovem, fez o seu primeiro Júri como advogado de acusação contra poderosa ré.

Antes que me falem, quero homenagear a história de homens que por esta terra passaram e encheram as suas vidas com lutas e sonhos neste Vale do Piancó, entre eles, os Ferreira Leite, galardoado na personalidade inquebrantável de Felizardo Leite, nas décadas de 20 e 30 do século passado.

O que me trouxe até aqui, convocado por esta Câmara de Vereadores?

A influência que a história, a cultura, a valentia digna, a tenacidade, a energia desta civilização de homens lutadores plantada há mais de 300 anos no Vale do Piancó, tiveram na elaboração do meu livro A Ditadura dos generais.

Neste livro, baseou-se o filme “Cães e Homens”, que irá, decerto, segundo alguns críticos, despertar um novo visor para a nossa arte cênica Aqui, por estas terras do Vale do Piancó, colonizadores da envergadura de Teodósio de Oliveira Lêdo, meu ancestral, Domingos Jorge Velho, o índio Piancó, e homens valentes como Felizardo Leite, os combatentes da Coluna Prestes, simbolizados na resistência e bravura do capitão Pretinho, eles deixaram as suas flamas na formação desta civilização progressista e forte.

Que homens valentes!

Olhando-os eu pude dimensionar quão de covardia se transvestiram os militares das ditaduras fardadas da América Latina do século XX. Diziam-se defensores do Estado Democrático, mas à sombra dele quanto de crimes abomináveis praticaram!

Que infame covardia! Arrastar o ser humano ao cárcere, torturar, matar, e por fim desaparecer com o seu corpo . Esses foram os “vencedores” da pútrida guerra que desencadearam. O filme “Cães e Homens” projeta este cenário de homens-caninos nos calabouços e porões da ditadura militar. Este falso valente é um infame. Ele tem a cara execrável e a consciência da própria vilania.

Na construção da obra A Ditadura dos generais, eu ouvi a voz dos grandes revolucionários; li o escrito de pensadores universais, calei-me para melhor compreender a história de homens fortes que colonizaram nações com os seus heróis de sonhos e utopias, nos quais embalei meus pensamentos, e afinal, com os idealistas formei a minha ideologia e uma nova visão do mundo.

Todo aquele que norteia o seu viver por estes pensamentos é capaz de criar com o seu esforço o seu próprio destino. Adversos a estas grandezas de caráter, certos tipos humanos se despem de quaisquer sentimentos de dignidade.

O que visualizamos nos dias atuais?

Um cretinismo soberbo em que se dão as mãos um militarismo caolho e tipos humanos a comandar uma politicagem de quintal.

Agassiz Almeida,
deputado constituinte de 1988. Um dos autores de emendas à Assembleia Nacional Constituinte que criou o Ministério de Defesa e tipificou a tortura como crime imprescritível e não passível de anistia ou indulto. Escritor do grupo Editorial Record. Autor destes clássicos da literatura brasileira: A República das elites e A Ditadura dos generais. Promotor de Justiça aposentado.


João M. C. e Andrade
ACADÊMICO DE DIREITO E HISTORIADOR PELA UEPB

Ordem do Mérito Cultural: MinC prorroga o prazo de inscrições de propostas indicativas para a premiação

Devido à grande procura nos instantes finais do encerramento das inscrições, o Ministério da Cultura decidiu prorrogar até a próxima sexta-feira, 29 de julho, o prazo de entrega de propostas de indicações para a Ordem do Mérito Cultural (OMC), que pela primeira vez na história da premiação será realizada na Região Nordeste. As indicações podem ser feitas por quaisquer pessoas.

Neste ano, a cerimônia de condecoração da OMC acontecerá no dia 9 de novembro, no Teatro de Santa Isabel, em Recife (PE). O tema da edição 2011 é Pagu – Sonho-Luta-Paixão, homenagem a Patrícia Rehder Galvão, conhecida pelo pseudônimo de Pagu (1910-1962). Musa inspiradora de alguns dos mestres da Semana de Arte Moderna de 1922, como Oswald de Andrade e Raul Bopp, a escritora e jornalista foi um dos expoentes do movimento antropofágico brasileiro, que viria na esteira do modernismo.

A Ordem do Mérito Cultural foi criada em 1995, pelo Ministério da Cultura, e é o reconhecimento do Governo Federal a personalidades, grupos artísticos, iniciativas e instituições que se destacaram por suas contribuições à Cultura brasileira.

As condecorações são entregues anualmente, por ocasião do Dia Nacional da Cultura (5 de novembro). Desde sua criação até hoje, já foram entregues mais de 430 condecorações a personalidades nacionais e estrangeiras.

As indicações podem ser enviadas para o site do Ministério da Cultura, mediante o preenchimento do formulário específico disponível no endereço eletrônico do MinC ou pelos Correios, após download do documento, que deverá ser preenchido e encaminhado para o seguinte endereço:

Ordem do Mérito Cultural 2011
Ministério da Cultura
Assessoria de Comunicação Social
Esplanada dos Ministérios, Bloco B, 4º andar
CEP 70068-900 Brasília – Distrito Federal

Dúvidas e informações:
E-mail: omc2011@cultura.gov.br
Tels.: (61) 2024- 2406, com Eliane Rodrigues, ou 2024-2411, com Cleusmar Fernandes.

Indicações

Todas as pessoas podem fazer as suas indicações. Os indicados – personalidades, grupos, iniciativas e instituições que tenham contribuído para a Cultura brasileira – serão avaliados pela Comissão Técnica, constituída por gestores das Secretarias do Ministério da Cultura, que emitirá parecer conclusivo antes de encaminhá-lo à consideração do Conselho da Ordem do Mérito Cultural.

Integram o Conselho da OMC a Ministra de Estado da Cultura, que o preside na qualidade de Chanceler, e os Ministros de Estado das Relações Exteriores, da Educação e da Ciência e Tecnologia.

(Comunicação Social/MinC)
(Foto: Site Oficial/Viva Pagu)

domingo, 24 de julho de 2011

Agassiz Almeida: Professor, Historiador, Promotor de Justiça, Ex-Deputado. Palestra em Piancó para um grupo seleto de intelectuais.

O ex-deputado Agassiz Almeida, Professor, Historiador e Promotor de Justiça, esteve visitando a cidade de Piancó neste final-de-semana, onde, atendendo convite do Procurador Paulo Barbosa de Almeida, Salviano Leite (Bica) e vereador Souzinha (PMN), fez palestra na Câmara de Vereadores, sobre o seu último trabalho, Cães e Homens: A Ditadura dos Generais, livro que será transformado em filme por Elinaldo Rodrigues e Erivaldo Barbosa.

Visita a casa de Socorro Montenegro

O ex-deputado ficou hospedado na residência de Dr. Paulo Barbosa e, após almoçar no hotel local, visitou várias residências históricas na cidade, dentre estas a casa do saudoso Antonio Leite Montenegro, onde hoje reside sua filha Socorro Montenegro.

Agassiz Almeida, Palestrante; Dr. José Bráulio Jr, Pres. da Câmara e Paulo Barbosa, Procurador de Justiça

A Palestra se deu na sede da Câmara Municipal, com ínicio às 19:00 h, e término às 22:00 h.

Presentes o presidente da Casa de Pe. Manuel Otaviano, Dr. José Bráulio Júnior; Promotor de Justiça Paulo Barbosa de Almeida; Salviano Leite; Socorro Montenegro; Dr. Geneton Carvalho; ex-vereador Joca Brasilino; professora Elicênia Pereira Leite; vereadores Pádua Leite (PT), Waguinho Brasilino (PP), Cotil (PP). O ex-deputado Agassiz Almeida [palestrante] se fazia acompanhar do historiador João Andrade.
Agassiz Almeida e Antonio Cabral

Entidades municipais, a exemplo da Ong SOS Rio Piancó, Projeto Cultural Mini-Biblioteca "Campo Novo", Casa da Cultura Pe. Manuel Otaviano, Associação de Moradores do Bairro Belo Horizonte, Prefeitura Municipal, dentre outras se faziam representar pelos seus membros.

Dr. Paulo Barbosa abriu o evento, com uma apresentação especial sobre o palestrante, em seguida a professora Elicênia usou da palavra para ler uma carta do ativista cultural Chico Jó, e em seguida Dr. Agassiz Almeida proferiu sua palestra.

O Filme

O filme se reporta a ditadura militar instalada no Brasil, com o Golpe Militar de 1964, movimento que começou com a deposição do presidente João Goulart, e terminou em 1985, com a eleição de Tancredo Neves.

Com ampla mobilização dos setores intelectuais, acadêmicos e entidades de apoio à cultura e à memória histórica do nosso país, como a Fundação Joaquim Nabuco, grupo “Tortura Nunca Mais”, Associação dos Anistiados Políticos, Memorial das Ligas Camponesas, foi aprovado pelo Ministério da Cultura, através da Ancine – Agencia Nacional de Cinema, o filme documentário de longa metragem, “ Cães e Homens”, baseado no livro, A Ditadura dos generais, do escritor Agassiz Almeida, cuja direção está a cargo do cineasta Elinaldo Rodrigues.

O início das filmagens está projetado a partir do mês de agosto deste ano, com cenas se desenrolando na Paraíba, em virtude da criação das Ligas Camponesas, e que nelas participaram Francisco Julião, Pedro Fazendeiro, João Pedro Teixeira. A filmagem se estende a Pernambuco e a Ilha de Fernando de Noronha, inclusive o diálogo do prisioneiro Agassiz com os generais Justino Alves Bastos e Ednardo D Ávila Melo.

Do BlogdePiancó com O Anápolis

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Ex-Prefeito de Piancó faz novas doações ao Projeto Cultural Mini-Biblioteca "Campo Novo"

Dr. Edvaldo Leite de Caldas
O ex-prefeito de Piancó, por três mandatos, advogado Edvaldo Leite de Caldas (PTB), consciente do seu papel de homem público e sempre atento ao que acontece em sua cidade, ficou deslumbrado com a iniciativa de um pequeno grupo de moradores que viram a necessidade de se fazer algo em pról da sua comunidade, para conscientizar os jovens sobre a realidade, retirando-os do álcool, das drogas, da prostituição, e criaram o Projeto Cultural Mini-Biblioteca "Campo Novo", que fica localizado no próprio bairro e aberta à toda comunidade. O ex-prefeito fez a doação de uma grande quantidade de volumes: história, literatura, etc; além de uma estante de aço para acomodar os exemplares. O espaço se tornou pequeno diante das muitas doações, e não existem mais estantes suficientes para expor todos os volumes doados. Alguns se encontram em caixas a espera de doações de estantes.

Sede - A luta agora é para consicentizar a comunidade no sentido de buscar nela apoio para a construção do espaço físico para instalar, em definitivo, a sede da Mini-Biblioteca. O terreno já se encontra disponível (03 x 10 m), bastando apenas que as pessoas colaborem com material de construção ou doação financeira, para que a obra de tijolo e cal se erga e dê espaço a este brilhante trabalho.

Mini-Biblioteca "Campo Novo"
Desconfiança - Já se tornou praxe algumas pessoas usarem do artífico de que estão fundando uma entidade sem fins lucrativos, que não é caso da Mini-Biblioteca, para se locupletarem e dali tirarem o seu sustento e se intitularem dono da associação. Existem muitos exemplos onde o presidente de determinada organização não-governamental e "sem fins lucrativos", ganham muito dinheiro com a desculpa de que está fazendo algo positivo para sua comunidade, quando na verdade estão mesmo é se sustendo e aos seus, com o dinheiro público, sem prestarem contas do que arrecadam e sem deixar a população participar das decisões internas e externas da ONG. No caso do Projeto Cultural MNini-Biblioteca "Campo Novo", não há registro no CNPJ, não existe estatutos, não existe burocracia. O grupo todo comanda e tem resposnabilidade e, sempre que chega alguma doação, ela é exposta através do Blog de Piancó, para que todos tomem conhecimento.

Alguns se perguntam: - E se a Mini-Biblioteca fechar (acabar) para onde vai todos aqueles livros e estantes? Isso já foi decidido: Seria, no caso da sua dissolução, todo material repassado ou para a Biblioteca Firmino Ayres, pertencente ao Município, ou para outra entidade que tem o mesmo objetivo cultural. Com os organizadores, com certeza não ficará. Pois pertence a comunidade.

Do BlogdePiancó com Mini-Biblioteca

Salviano Leite e Chico Jó visitam Ronaldo Cunha Lima e falam sobre projetos culturais para o Vale do Piancó

Entre os temas significativos para a criação do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Vale das Águas, do Sertão Paraibano, pretendido pelo servidor público piancoense Salviano Leite, destaca-se a Cultura. E, reconhecendo a obstinação de Chico Jó em prol da Cultura piancoense e paraibana, Salviano o convidou para gerir a Diretoria de Cultura daquele consórcio.

Conhecedor da deplorável realidade cultural de Piancó, onde o Poder Público, tradicionalmente preso ao corporativismo excludente, tanto tem frustrado inúmeros artistas, que bem poderiam ter-se realizado profissionalmente, Salviano Leite vê na determinação de Chico Jó uma perspectiva de ruptura desse vergonhoso quadro.

Ele acha que, quanto ao fato de dirigir a Diretoria de Cultura do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Vale das Águas, Chico Jó estaria para a promoção cultural dessa região como Chico César estaria para a promoção cultural da Paraíba É que, no entender de Salviano, ambos esses artistas são, antes de mais nada, verdadeiros revolucionários culturais, e, pois, capazes de mudanças, de transformações, de avanços.

Pensa também assim o insigne poeta Ronaldo Cunha Lima, a ponto de, percebendo nas concepções culturais de Chico Jó uma luminosa revolução, pedir-lhe que, ao voltar a visitá-lo, leve consigo o secretário estadual de Cultura Chico César. Com isso, Ronaldo pretende associar-se aos projetos desses dois artistas sertanejos para um novo e arrojado dinamismo cultural na Paraíba.

Do BlogdePiancó